sábado, 1 de novembro de 2008

Se eu fosse conselheiro de Obama

Retribuindo o desafio do Nuno Gouveia, junto-me agora momentaneamente à campanha de Obama. E começo por congratular o staff, porque até agora tudo tem sido conduzido com uma precisão e competência notáveis... Algumas pequenas ideias para manter a vantagem:

1. O maior inimigo dos Democratas neste momento é a convicção de que a corrida está decidida. Obama devia inundar os canais nacionais com anúncios apelando à mobilização dos eleitores. Poderia ser muito eficaz utilizar imagens da eleição de 2000 (sobretudo com referências à derrota na Florida por 530 votos) e terminar com a pergunta: "Do you want this to happen again?".

2. Ignorar os ataques Republicanos, que serão previsivelmente violentos nos últimos dias. Assumir uma postura presidenciável. Falar da economia, da economia e da economia.

3. Como escrevi antes, julgo que a Florida, a Virgínia e o Colorado são a chave desta eleição. Portanto, agendava os três dias da seguinte maneira: Hillary, Al Gore e Biden na Florida; Bill Clinton nos subúrbios de Washington (em particular Fairfax County e Prince William County - juntos têm quase 20% da população da Virgínia); Obama no Colorado durante o fim-de-semana , fechando a campanha na Virgínia.

4 comentários:

CS disse...

Caro JGA,

E a história da tia de Obama. Davas-lhe algum peso?

Carlos

José Gomes André disse...

Caro Carlos, não fosse uma ligeira dor de cabeça que me apoquenta, até dava uma boa gargalhada... Esta história da tia é o maior fait-divers desta eleição...

JF disse...

A sua ideia de trazer à memória os factos de 2000 e a derrota na FL, parecem-me realmente um excelente catalisador para levar as pessoas a votar e a fazê-lo em Obama.
Sinceramente não partilho da vossa tranquilidade quanto à estória da tia. A questão é ridícula, mas....
Acho o povo americano um pouco imprevisível em situações similares. A única coisa que me parece estar do lado de Obama, neste momento, é que a imprensa americana não lhe deu grande importância.

José Gomes André disse...

Caro Jf, subscrevo o que escreveu. Os media pouco ou nada ligaram à história: menos de 24 horas depois já ninguém se lembra disto. Estão em jogo assuntos demasiado sérios para que um disparate destes convença algum indeciso...