Não se fala de outra coisa: e se a estratégia de McCain de apostar tudo neste Estado der certo? Três notas:
1. É natural que as sondagens mostrem uma aproximação de McCain. Há algumas semanas que temos visto diferenças superiores a dez pontos, mas o Estado tende a ser muito equilibrado (Kerry ganhou por 2,5%, Gore por 4,2). Por outro lado, este é o Estado onde os Republicanos investiram mais dinheiro e onde McCain e Palin realizaram um maior número de comícios. Por fim, algumas características da Pensilvânia (PA) favorecem os Republicanos (nomeadamente a existência de vastas zonas rurais e a orientação social conservadora de boa parte da população).
2. Todavia, há igualmente factores que tornam improvável a vitória de McCain. A Pensilvânia, embora um "Estado volátil", votou Democrata nas últimas quatro eleições presidenciais. Os subúrbios de Filadélfia, antes terreno favorável aos Republicanos, estão agora repletos de famílias de classe média delapidadas pela crise financeira. Joe Biden é natural de Scranton, e as suas raízes modestas penetram bem no eleitorado mais desfavorecido. Filadélfia é um bastião Democrata. E por último, o registo partidário favorece Obama de forma expressiva: este ano registaram-se 4 milhões de Democratas, 2.9 milhões de Republicanos e 800 mil independentes.
3. Mesmo que McCain superasse estes problemas, há um dado importante a considerar: vencer a Pensilvânia, por si só, não garante a eleição. E a verdade é que ao concentrar quase exclusivamente os seus recursos neste Estado, McCain desvalorizou outros campos de batalha potencialmente decisivos. Deixo-vos apenas com quatro cenários mais que plausíveis, nos quais Obama perde a Pensilvânia e ganha a eleição.
A: "Estados Kerry" (excepto PA) + Iowa + Novo México + Florida.
B: "Estados Kerry" (excepto PA) + IA + NM + Ohio + Colorado.
C: "Estados Kerry" (excepto PA) + IA + NM + Virgínia + North Carolina.
D: "Estados Kerry" (excepto PA) + IA + NM + VA + Colorado + Nevada.
sábado, 1 de novembro de 2008
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