quarta-feira, 5 de novembro de 2008

América a votos (7)

4h35. Finalmente, uma opinião clarividente na CNN, por Gloria Borgen: "Obama não vai resolver todos os problemas, mas a sua vitória tem um peso simbólico extraordinário, e só isso muda muita coisa". Imaginem por exemplo o que pode significar para o mundo islâmico a ideia de que o Presidente americano é negro e se chama Barack Hussein Obama.

4h33. Uma nota referida múltiplas vezes esta noite por vários comentadores portugueses (na rádio, tv e net): Obama conseguiu uma boa vitória, mas os europeus vão desiludir-se rapidamente, pois nada vai mudar. Subscrevo a crítica à messianização de Obama, mas a sua Administração pode e deve ajudar a resolver problemas cruciais do nosso tempo como a política ambiental, a dependência energética e a instabilidade no Médio Oriente. Quando Roosevelt, Kennedy e Reagan chegaram à Casa Branca também se disse que nada iria mudar. Sabemos o que aconteceu depois...

4h28. Um emocionado apelo de McCain para que a América lute contra as adversidades. Muito interessante também a sua tentativa de fazer com que os seus apoiantes aceitem a "Presidência de Obama". Como era de esperar, silêncio ou assobios. Vai ser difícil digerir esta derrota para os Republicanos, obviamente.

4h26. McCain elogia Palin. A multidão reage com sentimentos mistos. Ela conseguiu entusiasmar a base, mas alienou muitos independentes. Nunca o poderemos saber, mas parece-me que com Romney ou mesmo Liebermann os Republicanos teriam mais hipóteses do que com a populista do Alaska.

4h19. McCain discursa e concede a derrota. Um candidato honrado, um político íntegro, um pensador moderado e consistente. Mas não conseguiu derrotar um adversário "larger than life". Que pena McCain não ter sido eleito em 2000 no lugar de George Bush...

4h15. Demorei um pouco mais do que pensava. E para minha irritação suprema, o "Blogger" apagou-me um post com múltiplas observações. Vou procurar recuperar o essencial: Obama vence na Costa do Pacífico, como esperado, e ganha oficialmente a eleição. A Virgínia, 44 anos depois, volta a preferir um Democrata. E a Florida, sempre no centro das atenções, também vai para Obama.

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