Dois nomes foram anunciados nos últimos dias.
Eric Holder foi escolhido para Attorney-General (o equivalente ao ministro da Justiça). Antigo juiz, serviu como
Attorney-General Deputy (uma espécie de número dois no ministério da Justiça) na Administração Clinton e, a ser confirmado pelo Senado, tornar-se-á no primeiro afro-americano a ocupar aquela posição.
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Obama escolhe não apenas uma figura de prestígio e experiência nesta área, como dá um sinal positivo à ala mais liberal do Partido Democrata que sempre o apoiou, uma vez que
Holter defende posições francamente progressistas na área da justiça. Merecem destaque em particular as suas críticas à prisão de Guantanamo, ao
Patriot Act, ao recurso à tortura e à suspensão de direitos constitucionais ou liberdades individuais em nome de "situações de excepção" (nomeadamente para salvaguardar a "segurança interna" ou acusar suspeitos de terrorismo).
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Para o cargo de
Secretário da Saúde e dos Serviços Humanitários Obama nomeou
Tom Daschle, um antigo e experiente senador do Dakota do Sul (18 anos no Senado), e que liderou aliás a bancada senatorial Democrata durante três anos. Daschle não é um nome relevante na política de saúde, mas a sua escolha mostra que Obama pretende seguramente avançar com uma reforma significativa nessa área, necessitando por conseguinte de um
hábil negociador e de um
legislador com experiência no Congresso. Daschle parece ser assim com efeito o homem certo para garantir a aprovação de um pacote legislativo certamente polémico - algo que por exemplo a Administração Clinton foi incapaz de alcançar.
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