Esta intervenção em 17 de Novembro passou algo despercebida, mas refere-se na minha opinião a um tema crucial dos próximos anos. Obama compromete-se a romper com a Administração Bush, reavaliando os desafios inerentes às alterações climáticas e à política ambiental. Destacaria três ideias fundamentais:
1. "Os factos são claros". O debate científico pode e deve prosseguir, mas existe já um consenso razoável sobre as alterações climáticas, o efeito dos gases de estufa na atmosfera e as consequências da poluição na biosfera. Fingir que não possuímos ainda este conhecimento - como se tem feito nos EUA nos últimos anos - é negar a evidência, criando um obstáculo artificial e inútil à necessária busca de soluções.
2. A necessidade de uma dinâmica cooperativa entre diferentes entidades. O governo federal deverá empenhar-se no combate aos efeitos nocivos da poluição e da emissão de gases nocivos, mas o sucesso destas políticas depende da participação activa das autoridades estaduais, das empresas privadas e do cidadão comum. Por outro lado, é obviamente necessário obter acordos com os outros países, em particular as chamadas potências emergentes (Índia, China, Brasil, etc.).
3. Uma nova política ambiental pode ter efeitos positivos na economia real. Uma aposta séria nas energias renováveis e em tecnologias não-poluentes criará milhares de empregos nestas áreas - em investigação científica, processos de manufactura, publicidade, design, etc. - um benefício "colateral" muito relevante num momento de crise económica.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Alterações climáticas e política ambiental
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